quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Parceria tem como meta construir 10 mil apartamentos

As empresas Kreimer Engenharia e Cassol Pré-fabricados firmaram uma joint-venture para construir 10 mil unidades habitacionais por ano, destinadas às classes média e baixa. Nesse mercado competitivo, uma parceria assim pode ser a solução para atender uma demanda tão grande. "Esperamos que a parceria seja eterna enquanto dure, como escreveu Vinícius de Moraes", diz em tom de brincadeira Aguinaldo Mafra, diretor comercial da Cassol Pré-fabricados. "Vai dar certo, e vai ser bem longa", completa. A expectativa é de que em dois anos a joint-venture promova um aumento de 500% no faturamento das empresas.

Anualmente, serão investidos R$ 500 milhões para construir os apartamentos, que vão custar de R$ 50 mil a R$ 100 mil. E a primeira experiência sai do papel em outubro, na cidade do Rio de Janeiro, depois vai se espalhar pelo país, com foco principalmente em Minas Gerais e no Espírito Santo. O empreendimento na capital fluminense terá mil unidades, de 40 m2 a 90 m2, divididas em prédios residenciais de quatro andares. "Hoje o mercado imobiliário tem uma demanda reprimida da baixa e da média rendas. Mas o mercado não se industrializou para garantir preço e qualidade", diz Roberto Kreimer, diretor da Kreimer Engenharia.

A parceria é um bom negócio para as duas empresas. A Kreimer queria industrializar seu canteiro de obras e a Cassol Pré-fabricados tinha intenções de atuar nos segmentos econômico e supereconômico. "É uma soma de experiências mercadólogicas", define Aguinaldo Mafra. Resultado: a Kreimer é responsável pelo sistema de gestão e pelo acompanhamento da obra, enquanto a Cassol responde pela tecnologia de pré-moldados.

Aguinaldo Mafra conta que as cinco fábricas da Cassol estão preparadas para atender a demanda de 10 mil unidades por ano. "O projeto já é concebido levando em conta a industrialização dos pilares, das lajes e dos painéis maciços, com isso vamos conseguir padronizar as unidades", afirma. A industrialização reduz os custos de estrutura do empreendimento, que representa 60% do gasto total das obras do segmento econômico e supereconômico. Já nos imóveis de luxo, a estrutura é responsável por 20% do valor da construção.

No caso da Kreimer, ela vai trabalhar com um sistema de gestão chamado de General Contractor. Trata-se de um acompanhamento que começa no projeto da obra e vai até a finalização. "Quem manda é o orçamento. Se algo fica diferente do que foi estabelecido, mexe-se na estrutura, e assim a gente garante que, no fim, o orçamento vai dar", relata Roberto Kreimer.

Natália Flach

Fonte: Jornal Gazeta Mercantil